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Home / Notícias  / Quais os principais desafios da indústria de confecção?

“Incerto, mutável e desafiador.” Essas são as três palavras usadas pelo relatório State of Fashion, da Business of Fashion e McKinsey & Company, para descrever o ano de 2017 para o mercado de confecção. Os adjetivos referem-se à íntima relação entre a política e a economia dos países e o seu impacto na moda.

No Brasil, por exemplo, a crise econômica, o aumento dos custos de matéria-prima e a incerteza em investimentos atacou fortemente a indústria do vestuário que viu sua produção recuar 8,7% em comparação com o ano anterior, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). Esse volume consideravelmente menor foi responsável pelo fechamento de mais de 100 mil lojas de confecção no país, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens (CNC).

Todo esse cenário cria ainda mais um complicador em um panorama já desafiador para o mercado fashion. Outros dos principais desafios da indústria de confecção são a exigência de criatividade excessiva, uma preocupação cada vez maior com os impactos ambientais do consumo e o uso acelerado das redes sociais.
Neste post, iremos tratar com um pouco de detalhes, cinco destes itens. Confira!

Os 5 principais desafios da indústria da confecção

1. Produtividade

A concorrência desleal de países asiáticos, nos quais as leis trabalhistas e ambientais são pífias, cria um real estorvo no mercado de confecção nacional. Soma-se a esta condição o crescimento de movimentos como o “See Now, Buy Now”, que exige uma produção acelerada de peças e o alastramento de lojas de fast fashion com mais de 10 coleções anuais e tem-se formado um desafio grande de melhora de produtividade, ao mesmo tempo em que reduzem custos e aumentam em eficiência.

Uma alternativa muito buscada para solucionar este desafio é apoiar-se no uso de tecnologias. Por exemplo: utilizar sistemas que conseguem otimizar o uso de tecidos e aviamentos, que facilitam a produção em série de cortes, assim como facilitam o desenho e a transmissão de fichas técnicas entre os departamentos.

Outra possibilidade é a terceirização de algumas das atividades como corte, costura, armazenagem, marketing e distribuição.

2. Sustentabilidade

A conscientização dos impactos ambientais causados pela indústria têxtil e da confecção tem exigido que as empresas se adaptem para produzir peças mais duráveis, com práticas sustentáveis e seguras tanto para os trabalhadores quanto para o meio ambiente e até com materiais mais eco-friendly como lã reciclável, linho orgânico e algodão.

Esse tipo de produção pode trazer um aumento dos custos às peças, mas, ao mesmo tempo, uma melhora no branding e no posicionamento das marcas.

3. Aumento do custo da matéria-prima e do dólar

Há cinco anos, o dólar era cotado a R$ 1,80. O aumento na casa dos 70% no período fez com que o investimento em maquinário importado, com as importações de matérias-primas e os investimentos de stakeholders externos precisassem ser revistos para se encaixar no orçamento novamente. E as incertezas presentes na economia mundial e brasileira e a oscilação frequente do real frente ao dólar fazem com que os investimentos tenham de ser pensados em um espaço menor de tempo.

Por outro lado, a indústria nacional investiu na qualidade dos produtos e hoje compete de igual para igual com os importados. Isso faz com que muitos clientes optem pelos produtos da Audaces.

O planejamento e a busca por uma produtividade maior se tornaram essenciais para se manter competitivo em um panorama como este.

4. Novo comportamento do consumidor

Nos últimos anos as marcas de moda sentiram importantes mudanças no comportamento dos consumidores. Uma vez influenciados apenas por grandes revistas do setor e pelos desfiles de moda, hoje os clientes de diversos nichos têm como referência e influenciadores de suas decisões uma gama bem mais diversa. São digital influencers, modelos, celebridades e estilistas que ditam o que é tendência ou não fora do eixo de mídia principal. Isso exige uma adaptação grande em termos de posicionamento de marca e marketing para continuar sendo relevante para seu público-alvo.

Além disso, a quantidade de informação a que todos têm acesso por meio da internet faz com que as lojas se mantenham antenadas não somente no que está movimentando grandes mercados como Nova York, Londres, Paris e Milão. O olhar também tem de estar em áreas emergentes como Bangkok, Rio de Janeiro e Tóquio.

Outra mudança tem relação com a compra online. Cada vez mais o mercado vem crescendo e fazendo com que as marcas tenham de se adaptar para estar com sites e posicionamentos digitais compatíveis com as exigências do mercado. Por exemplo: você está inserido em quantos e quais marketplaces?

5. Criatividade e inovação

Com mais informação, o consumidor se torna também mais exigente. É necessário surpreendê-lo, apaixoná-lo e criar um senso grande de desejo para que ele consuma a sua peça e não uma das outras centenas de milhares às quais ele tem acesso todos os dias.

A criatividade e o design de moda se tornaram fatores decisivos na manutenção de uma marca e no aumento de sua competitividade no mercado nacional e internacional.

É preciso pensar em novos formatos, cortes, acabamentos, modelos, cores e texturas para oferecer verdadeiras experiências aos clientes. Não apenas mais uma peça de vestuário.

Fonte: Audaces.